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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Capacitar ou comprar outra canoa?




De acordo com a estória, duas empresas, uma brasileira e outra japonesa, criaram um desafio que consistia numa corrida anual de canoas, aonde em cada canoa, iriam até oito homens de cada empresa.
Então as equipes treinaram arduamente e estavam em sua melhor forma no dia da corrida. No entanto, os japoneses venceram com mais de 1 km de vantagem.
Após a grande derrota a equipe brasileira ficou muito desanimada e chegou a pensar em desistir, mas o diretor geral da empresa brasileira decidiu que venceriam no próximo ano e, para tal, criou um grupo de trabalho para examinar o que houve de errado na corrida.
Depois de muito tempo de estudos, análises e relatórios, o grupo que examinava os fatos da corrida concluiu que a equipe japonesa possuía em seu barco um capitão e sete remadores enquanto a equipe brasileira possuía sete capitães e um único remador.
O diretor geral tomou uma decisão e contratou uma terceira empresa para analisar a estrutura de sua equipe.
Depois de longos meses de trabalho os especialistas contratados concluíram que a equipe possuía capitães de mais e remadores de menos, e informou o fato ao diretor geral. Este por sua vez, decidiu então que a estrutura da equipe deveria ser alterada imediatamente.
A estrutura da equipe foi então reformulada e ao invés de sete capitães, teria agora apenas quatro capitães, dois supervisores de capitães, um chefe de supervisores e um remador.
Mas agora o remador teria atenção especial, toda a equipe funcionaria a seu favor, o remador deveria ser mais bem qualificado, ter mais treinamento, ser constantemente motivado e principalmente ser conscientizado de sua inviável responsabilidade.
Chegou o próximo ano e ao final da corrida a equipe japonesa venceu mais uma vez, porém com mais de 2 km de vantagem, o dobro da vantagem do primeiro ano de corrida.
O diretor geral em conjunto com toda a diretoria da empresa brasileira decidiu que o remador deveria ser demitido pelo seu péssimo desempenho na corrida. E decidiram também que, para não desmotivar o resto da equipe todos seriam recompensados com um prêmio por sua enorme dedicação e motivação que tentaram, sem sucesso, incutir na equipe.
O diretor geral preparou um relatório da situação, no qual ficou demonstrado que a melhor tática havia sido escolhida, a equipe estava bem organizada e que havia motivação suficiente, mas que o material utilizado ainda deveria ser melhorado e, por último, que um remador mais qualificado e empenhado deveria ser contratado.
Hoje a empresa está cogitando a ideia de construir uma nova e mais moderna canoa.
Se observarmos com atenção, veremos que toda equipe é reflexo do seu líder, ou seja, ela pode ser tão forte ou tão fraca quanto ele.

Sem uma liderança efetiva, o que encontramos são organizações e profissionais tomados por medo e desequilíbrio, equipes frágeis, pessoas inseguras, e organizações ineficazes e sem sustentabilidade. 
E, por mais que estas organizações estejam interessadas no bem-estar de seus colaboradores e engajadas em ajudá-los a encontrar sentido no que fazem, sem pessoas que ajam como verdadeiros líderes, nada vai mudar.

É muito mais fácil encontrar um culpado do que buscar uma solução.

Fonte: (AD) web

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